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Eje Futuro - Page 73

  • Petit Lexique du partisan européen

    Petit Lexique du partisan européen

     

    Lexique

    plpe3510.jpgLe Petit Lexique du partisan européen (Eurograf, Esneux-lez-Liège, 1985) est une modeste brochure rassemblant 62 entrées parues dans les premiers numéros de Vouloir. Cette initiative éditoriale offrait ainsi une première et rapide approche de la contre-offensive idéologique qu'entendait remplir la toute récente amicale paneuropéenne E.R.O.E. Il s'agissait de poser des jalons en tenant compte des changements historiques du vieux-continent, et ce non pour baliser de manière dogmatique un idéal abstrait mais pour défricher des pistes de réflexion, et par là tenir compte de la marge de manœuvre permettant d'actualiser une volonté de destin pour notre Europe. Ni manifeste ni exposé doctrinal sous forme d'abécédaire, mais soucieux de présenter une démarche cohérente, ce lexique “à la hussarde” entendait bel et bien sonner la charge. Petit bréviaire tactique donc, délibérement non exempt de parti-pris qui ne renvoient pas seulement à la stratégie intempestive néo-droitière très prégnante dans son traitement des thèmes mais aussi à des débats, polémiques ou enjeux ressortant du contexte d'alors, il nous a parfois contraint pour rester dans une visée pédagogique à quelques légers remaniements sur cette page. Ce lexique n'en constitue pas moins un point de départ,  un élan à parcourir, nullement un aboutissement : les liens internes suffiront à témoigner de la maturation des travaux de recherche attentifs aux réalités à assumer et à relever. Mais n'est-ce point le propre du partisan que d'être mobile sur la ligne de front qu'il a intériorisée, celle contre son époque ?

    Nota bene : une version fac-similé (éditée par ARS, Nantes) est disponible sur Librad (6 €). Par ailleurs une version refondue a été proposée par G. Faye dans : Pourquoi nous combattons, manifeste de la résistance européenne, L'Æncre, 2001.

  • O imperativo da homogeneidade étnica

     

    Guillaume Faye, “l’Archéofuturisme”, L’Aencre, 1998

    Um dos preconceitos mais correntemente conhecidos é que a indulgência para com os imigrantes, que o anti-racismo militante, a discriminação positiva, etc., estão de acordo com a “tradição humanista europeia”. Desse modo, os “direitos do homem”, abusivamente atribuídos a esta tradição humanista, opôr-se-iam aos riscos de tirania e de fascismo induzidos pelas doutrinas da preferência nacional ou da preferência étnica. Trata-se de um desvio de tradição. Os “direitos do homem” são um simulacro desfigurado do humanismo clássico. É necessário esclarecer, pelo contrário, que o humanismo clássico, e nomeadamente o grego, defende a Cidade como um conjunto étnico homogéneo. Inversamente, o humanitarismo multi-étnico opõe-se frontalmente à tradição democrática greco-europeia e não pode senão desembocar únicamente na desarmonia social e no despotismo.
    É mérito dos trabalhos do Círculo Nação e Humanismo de Yvan Blot, sobretudo com os estudos que este último consagrou a Aristóteles, ter mostrado que as raizes da democracia e do viver em conjunto da filosofia política grega eram fundadas sobre as noções de homogeneidade de origem da Cidade, e na de separação rigorosa entre os cidadãos e os metoikoï, os estrangeiros.
    Na sua Política, Aristóteles define em primeiro lugar a noção de apátrida, de “cidadão do mundo”, muito em voga na ideologia cosmopolita moderna, ou seja do indivíduo abstracto e desenraizado que tem o direito de se instalar onde bem lhe parece.
    “A Cidade faz parte das coisas naturais e o homem é por natureza um animal político.” Aquele que não tem pátria é, por um lado, um ser degradado, e por outro, um ser que está abaixo das normas humanas. Ele é como aquele que é insultado por Hómero, sem linhagem, sem lei, sem lar”, afirmava o filósofo grego.
    “Na democracia ateniense clássica, onde o imposto directo não existia porque era considerado como tirânico, só os “métécos” (metoïkoï, estrangeiros residentes, uma expressão pejorativa) pagavam uma contribuição, o preço da sua aceitação na Cidade. Concepção totalmente oposta à nossa que presenteia os estrangeiros com prestações sociais e facilidades recusadas aos cidadãos.
    O respeito dos Gregos para com as Leis (oï nomoï) da Cidade teria sido incompatível com uma declaração universal dos direitos do homem abstracta e desenraizada, bem como com a infracção permanente às leis da República, que constituem as regularizações administrativas de clandestinos ou a recusa de expulsão dos delinquentes, por humanitarismo; o que constitui um acto tirânico para com os cidadãos e o legislador democrático.
    Périclès, que não se pode suspeitar de pré-fascismo, reforçou em Atenas a noção considerada hoje diabólica de preferência nacional ou, de forma mais exacta, preferência étnica. Rejeitando qualquer noção de direito do solo (é Ateniense quem nasce em Atenas), reforçou pelo contrário o direito do sangue. Fez votar que, para ser Ateniense, a criança devia ter os seus dois pais, e não somente um, de cidadania ateniense. Na época, os tiranos, como em Siracusa, haviam considerado utilizar o direito do solo, ou seja, naturalizar profusamente os estrangeiros, para submergir o povo autóctone e abulir toda a hipótese de democracia. É o que se passa hoje. Se, num diálogo imaginário, Périclès encontrasse os líderes imigracionistas actuais franceses, chamar-lhes-ia, provavelmente, aprendizes-de-tiranos.
    Os Gregos inventaram a noção de filia, pertinentemente definida por Jean-Marie Le Pen durante um colóquio como “a fraternidade, a benevolência hierarquizada, uma espécie de amizade que une os cidadãos entre si, de acordo com a ordem natural [… ] ela exerce-se antes de mais na família, depois na relação com os amigos, seguidamente com os compatriotas.” Conforme Aristóteles “é claro que vale mais passar o dia com os amigos e pessoas excelentes, do que com estrangeiros e recém-chegados.”
    Esta filia grega opõe-se evidentemente aos preceitos evangélicos impraticáveis do “todos os homens são meus irmãos”. A filia grega é humanista, porque é desigual, hierarquizada, conforme com a natureza. Prefiro o meu irmão de sangue ao estrangeiro, mas nunca pensaria a fazer mal ao estrangeiro amigável. E ele agirá da mesmo maneira para comigo, na sua própria comunidade, no seu país. O humanismo desigual respeita a ordem natural; não mente. O humanitarisme igualitário e utópico mente. Ele conduz à tirania, esse inferno pavimentado de boas intenções.
    Esta tirania que corremos o risco de conhecer em breve, no seguimento ao possível eclodir de uma guerra étnica… evoca Aristóteles também, essa guerra civil, e detecta as mesmas causas de forma idêntica, propondo uma definição étnica, ou seja humanista, clássica da Cidade: “Na mesma medida em que os cidadãos não respiram o mesmo ar, também é factor de guerra civil a ausência de comunidade étnica.” O mesmo que dizer que uma cidade não se forma a partir de uma massa de pessoas tomadas aleatoriamente. É por isso que, entre os que têm, até ao presente, aceite estrangeiros para com eles fundar uma cidade ou para os integrar na cidade, a maior parte conheceu guerras civis”. Boa descrição das questões actuais, velha de 2400 anos…
    Ainda de acordo com Aristóteles, uma cidade harmoniosa não pode ser senão fundada sobre o parentesco étnico e cultural. Na sua obra histórica e filosófica, Aristóteles enumera, como Thucídides, todos os desastres a que conduziu o acolhimento excessivo de estrangeiros e o direito de asilo sistemático nas cidades gregas: os Samos acolhidos pelos habitantes de Zancle e que são perseguidos pelos seus hóspedes, as pessoas de Amfipolis perseguidos pelos colonos de Chalcis, os quais eles haviam imprudentemente aceite, os de Siracusa à beira de uma guerra civil com os mercenários estrangeiros que eles haviam recrutado, a mesma situação em Bizâncio, a mesma coisa em Antissa, onde os refugiados Chios, tornaram-se sediciosos, ainda são persiguidos militarmente. Tenhamos em mente que um povo demasiado acolhedor pode vir a ser perseguido na sua própria casa. Viu-se isso no Kosovo sérvio. Vê-lo-emos talvez, para começar, em certas províncias da França.
    Todo o humanismo, histórico ou filosófico da Antiguidade clássica, não cessa de repetir esta evidência de que o humanitarisme moderno esqueceu: misturar os povos é contrário à harmonia humana e divina. Aristóteles explica “assim como à guerra, a travessia de riachos negligenciáveis desloca as falanges, do mesmo modo, qualquer heterogeneidade numa cidade provoca conflitos interiores”. Jean-Marie Pen disse, comentando Aristóteles, durante o colóquio supracitado “uma cidade deve, por conseguinte, ser homogénea dado que descansa sobre a liberdade cidadãos.” Só as tiranias, como os Impérios do Oriente ou do Egipto podem se permtir ter povos heterogéneos sob a sua autoridade.”
    A verdade é que a heterogeneidade actual da população francesa mina totalmente as bases da liberdade (e da “república” no sentido romano), pondo em causa a democracia, introduzindo privilégios sociais impróprios e injustiças, destruíndo a universalidade da lei, introduzindo os regulamentos comunitários específicos. Para o humanismo clássico – que esquecerá o Baixo-Império Romano em proveito do universalismo cosmopolita cristão – o fundamento da liberdade dos cidadãos é a homogeneidade da Cidade. A tirania de tipo oriental do final do Império Romano estava vinculada em grande parte, como o mostrou André Lama (Dieux et des Empereurs, EDE) ao seu excessivo mosaico étnico. Querer conciliar, como se acredita hoje, uma França multirracial e uma França democrática, é uma ilusão, é querer casar a carpa e o coelho. Como viu Aristóteles, uma cidade multi-étnica conduz quer à tirania quer à a anarquia.