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Entrevista a Guillaume Faye

Recentemente Guillaume Faye foi alvo, uma vez mais, de uma rídicula tentativa de descredibilização e assassinato político, tendo por base a montagem de uma falsa entrevista, pretensamente concedida à secção online da revista nacionalista ‘France Echos’. É por de mais sabido que Faye adquiriu uma notabilidade tremenda nos últimos anos, tendo alcançado consensualmente uma respeitabilidade inquestionável pela sua dialéctica capacidade analítica. Não obstante, Guillaume Faye também despertou ódios e criou rancores entre alguns sectores do universo da “extrema-direita” francesa, e não só, nomeadamente entre aqueles que não aceitam as posições, lúcidas e corajosas diga-se de passagem, de Faye em relação ao Islamismo e ao real perigo que a sua implementação e crescimento representa e implica para a Europa. Os dogmas são, como se sabe, os piores inimigos da lógica e da objectividade.Ora, com o intuito de esclarecer os leitores de língua portuguesa e mesmo os nossos amigos do outro lado da fronteira que visitam este espaço, publicamos hoje, na íntegra, a entrevista conduzida pela Novopress Françae a que Guillaume Faye gentilmente respondeu, sendo a sua leitura uma autêntica ”lufada de ar fresco” de inteligência e pragmatismo.  

 

 

 

 

 

 

 

 

Entrevista a Guillaume Faye

 

 

Desde há vários meses, uma entrevista a Guillaume Faye circula na Internet. Esta entrevista é uma falsidade, tal como a Novopress explicou na sua edição de 3 de Agosto de 2006 (1). Escrevemos bem “desde vários meses”, porque o seu aparecimento na net é muito mais antigo do que pensavamos. Cronologicamente, encontra-se o primeiro vestígio num blog (2) a partir de 17 de Maio (ou seja quase duas semanas antes que um desconhecido a propor “em exclusividade” à redacção da Novopress): um participante cita os extractos que revelam o passado “neo fascista” de Joseph Macé-Scaron, actual editor-chefe adjunto de “Marianne”, que deu os seus primeiros passos políticos no GRECE (3). O autor da mensagem recorre à Indymedia Paris, mas se não se encontra  nenhum vestígio da entrevista (4). É-lhe feita nova menção a 31 de Maio, nos sítios do semanário “Marianne” (5) e Hardware.com (6), a 2 de Junho no fórum de Adsav (7). Além disso, a ficha que a “Enciclopédia livre” Wikipédia consagra a 15 de Junho a Joseph Macé-Scaron cita ela também a entrevista e, num estilo espantosamente similar, inclui as principais informações (8). É no entanto a sua recente publicação a 27 de Junho no fórum Subversiv.com (9), incluída sem verificação pela Altermedia.info (10) e seguidamente por diversos sítios estrangeiros, que desencadeou o actual micro-escândalo que agita actualmente o “movimento nacional”. A fraude foi revelada pela “France-Echos” que desmentiu ter realizado ou ter publicado qualquer entrevista com Guillaume Faye. Obviamente, cada um interroga-se sobre os autores desta operação de desinformação. Porque trata-se efectivamente de uma verdadeira operação. A falsa entrevista é demasiadamente bem documentada, demasiado detalhada para ser obra de um amador. O seu aparecimento sobre diferentes sítios prova a vontade de lhe garantir uma repercussão máxima. Outra pergunta: quem é o visado? Guillaume Faye? A priori isso parece evidente. Mas porquê e para quê? Certos meios sionistas, que desde alguns tempos desejam recrutar os “nacionais” para a bandeira de Eretz Israel, procuraram eles manipular o escritor contra a sua vontade? Ou será que certos “revolucionários” islamófilos tentaram desacreditar um pensador cuja influência é inegável nos meios da Direita radical ao nível internacional? O alvo não seria (também) Joseph Macé-Scaron, cujo o passado, que alguns julgam sulfuroso, é revelado oportunamente? Neste caso, o nome de Faye serviria apenas para baralhar as pistas? O chefe de orquestra quis com uma pedrada acertar em dois alvos: lançar a confusão no “movimento nacional” (e assim assegurar a sua posição), e “queimar” profissionalmente um antigo grécista? É demasiado cedo ainda para responder a estas perguntas.De momento, Guillaume Faye, contactado por telefone, transmite-nos em exclusivo os seus comentários sobre esta operação de desinformação e aproveita para revelar-nos as grandes linhas da sua próxima obra.

 

 

Novopress: Guilherme Faye, uma entrevista que você teria concedido ao sítio “France- Echos” circula actualmente na internet. Nessa entrevista você tece comentários estranhamente pró-sionistas e pró-israelitas e acerta contas com certos velhos amigos da Nova Direita, nomeadamente o escritor e jornalista Joseph Macé-Scaron. Ora, a “France-Echos” acaba de desmentir ter publicado qualquer entrevista consigo. Confirmam que esta é uma fraude e, se é o caso, de onde vem o golpe?

 

 

 

Guillaume Faye: Acabo saber a existência dessa entrevista. Como não tenho Internet, soube da mesma graças ao vosso contacto. Nunca encontrei quem quer que seja da “France-Echos” e nunca dei essa entrevista. Não posso afirmar com absoluta certeza de onde vem o golpe mas aquilo não me surpreenderia que venha dos mesmos que me lançaram numa armadilha há seis anos com uma entrevista falsa. No que respeita aos meus “velhos amigos do GRECE”, recordo-me que há seis meses, num jantar, alguém que se apresentou como colaborador de uma jovem revista perguntou-me se Joseph Macé-Scaron havia sido membro desta associação. Respondi sim. Perguntou-me se ele era anti-judeu. Respondi: “não sei de nada e não tenho nada a ver com isso!” . E é tudo. Ponto final. Os palavras que me atribuem nessa entrevista são completamente contraditórias com tudo o que escrevi nos meus livros. Agora, não sei de onde vem o golpe, mas visivelmente existe alguém que procura provocar a divisão no nosso meio. E além disso há tipos que nunca encontrei, ou que encontrei dez minutos uma vez na minha vida e que me odeiam. Sabe-se lá porquê! Creio que  também tem que ver com inveja… O problema da Internet, é que se pode escrever o que se quer, sem nenhum controlo possível. Inseri o meu nome e encontrei a minha biografia: tudo é falso! Atribui-me livros que não escrevi, não menciona livros que escrevi, refere-se qualquer coisa sobre a minha biografia assim como sobre as minhas ideias. E não se pode fazer processar porque isso é bastante dispendioso. Um reparo: os pequenos espertalhões que publicaram online esta entrevista tomaram, deformando-as,  as ideias sobre Israel e os judeus expressas no meu livro”Le coup d’Etat mondial, essai sur le Nouvel Impérialisme Américain “, sem dúvida a fim de se “colarem” ao meu estilo. Mas ineficazmente. Estou radiante por saber que se interessem tanto pelas minhas posições, mais ainda, que me leiem cuidadosamente. Sei que é pedir muito a uma geração que se cansa ao fim de 3.000 palavras sem fotografias.

 

 

Novopress: É a primeira vez que é vítima deste tipo de manobras?

 

 

 

Guillaume Faye: Não, como já mencionei, já se ocorreu, há dois anos, a publicação de uma pseudo entrevista em que dois chico-espertos gravaram uma conversa e que seguidamente contactaram não importa quem e publicaram uma entrevista falsificada numa página de internet de extrema-direita. Na altura não lhes movi um processo porque seria “extrema-direita contra extrema-direita”, e isso acaba sempre por fazer rir o adversário. Sou incessantemente vítima de palavras que me são atribuidas, logo a melhor coisa a fazer para conhecer as minhas opiniões é ler os meus livros, os meus artigos e o meu buletim de informação Signal d’Alarme (SDA – Constante Arauto, 5, Cursos Dr. J. Damidot, 69100 Villeurbanne).Sobre esta questão, há mesmo assim um truque muito curioso. Estive presente no congresso da American Renaissance, um loby anti-bush, cujas posições são do tipo “antes de irmos fazer de Cowboys no Iraque, ocupemo-nos da nossa fronteira mexicana.” Eles não são nem pró-semitas, nem anti-semitas e estão totalmente desinteressados do conflito israelo-palestiniano. Após a minha conferência, foram publicados artigos contra mim, nomeadamente no Washington post. O que eu disse durante essa conferência foi que: “antes de fazerem de palermas no Médio Oriente, defendam-se no vosso território contra os fluxos migratórios que são menos graves que os nossas, mas que são mesmo assim importantes.” O meu objectivo, tal como deixei patente recentemente na Rússia, na Espanha, na Alemanha e no Canadá, centra-se unicamente na defesa, em todo o mundo, da identidade ameaçada dos povos de origem europeia, em redor de quatro noções:- Etnopolítica acima da geopolítica;- Eurosibéria- Setentrião e choque Norte-Sul- Ameaça do Islão A propósito disso, foi-me enviada uma fotografia surgida no sítioVox NR (11): Ali estou eu, a discursar, tendo como pano de fundo a bandeira israelita. O que é extraordinário é que sobre esta fotografia estou de fato e gravata pretos. Ora, aquando da conferência de American Renaissance vestia um jaquetão branco. Além disso, nessa fotografia apareço a preto e branco com o fundo da bandeira a cores! E o texto da intervenção que é atribuída é completamente falso! Não se falou dos judeus, não era o assunto. O discurso que eu fiz (e que fiz por duas vezes na Alemanha) intitula-se “Da geopolítica à etnopolítica” e eu não abordei a questão judaica. Mas durante a conferência, David Duke, o Presidente do European American Unity and Rights Organization, perguntou-me: “O que é que o senhore pensa do conflito israelo-árabe?”  Respondi-lhe: “Esse não é o assunto da minha intervenção. Não me posiciono sobre isso mais do que me posiciono no conflito entre os Tibetano e os Chineses. Não é problema meu, interessa-me somente o que se passa na minha casa.”(12) É na sequência disto que apareceram na Internet artigos que me eram hostis e nomeadamente esta fotografia minha tendo como pano de fundo a bandeira israelita. Sinceramente, alguém imagina uma bandeira israelita no congresso da American Renaissance? Mesmo no congresso da American Israel Public Affairs Comitee, não afixam a bandeira israelita. Trata-se, por conseguinte, de uma montagem grosseira, o que prova que a Internet não é um meio de comunicação fiável. No meu boletim de informação SDA, demonstro muito mais confiança nas agências de imprensa internacionais e nos meus correspondentes específicos. O mais extraordinária, é que, de acordo com o que me foi dito, há um jornal judaico, que não conheço (The Forward, creio), que criticou a minha conferência dizendo que eu havia falado dos judeus, apresentando-me como um horrível racista e anti-semita europeu. Ora, nunca escrevi a mais mínima linha a favor ou contra Israel, a favor ou contra os judeus

 

 

Novopress: Quem está interessado em dividir o movimento nacional sobre a questão do Próximo e Medio Oriente?

 

 

 

Guillaume Faye: Quanto a mim, trata-se da pequena facção islamófila e pró-imigração existente na extrema-direita, aquela que toma cegamente partido pelos muçulmanos. A minha teoria, que desenvolvo no meu próximo livro e do qual vos falarei adiante, é que não temos de defender os muçulmanos em nome de uma qualquer ideologia dos Direitos do Homem, enquanto eles nos invadem neste preciso momento. O que é que eu tenho que ver se os judeus e os Árabes  se guerreiam entre si? Não é problema meu! Não é problema dos Europeus. Existem outras urgências a resolver. Na minha opinião, no Libano os Israelitas deixaram-se cair numa armadilha, tal como os Americanos no Iraque. É isto o que digo no meu livro sobre o novo imperialismo americano. Pode-se ser anti-americano, anti-sionista, o que se quiser, mas é cansativo que os Europeus se interessem incessantemente pelos outros. Temo problemas bem mais urgentes a solucionar. Não nos devemos posicionar em relação a uma problemática judeo-árabe. Isso é incultura política. É não conhecer a História. Devemos centrar-nos nos desafios que nos ameaçam. Aprendamos, por fim, a ser egoístas como o são todos os povos do mundo.

 

 

Novopress: A focalização quase exclusiva da parte de alguns sobre acontecimentos que – por extremamente importantes que sejam – se desenrolam a milhares de quilómetros, e sobretudo, sobre os quais o “movimento nacional” não tem nenhum meio de acção real, não é também uma maneira de manter este no domínio do simulacro e da imprecisão e de o dissuadir a agir sobre o que se passa efectivamente nas nossas ruas?

 

 

 

Guillaume Faye: Exactamente! É necessário agir concretamente na rua. É o que fazem os Identitários com as suas sopas para os sem-abrigo. O meu amigo Philippe Randa, das Edições Dualpha, acaba de publicar um livro de Gilles Falavigna (13) sobre a situação dos subúrbios. Falavigna é um tipo que trabalhou em Drancy no sector social. Quando foi entrevistado pelo “Rivarol”, declarou que nos subúrbios, os judeus estavam sem dúvida contra os Árabes, o que é em resumo lógico, mas que não era problema seu: a ele interessa as mulheres que são obrigadas a usar o véu, as raparigas brancas violadas, etc. O que é eu tenho a ver que os Israelitas bombardeiem Canã? Será que Júlio César, quando partiu para a conquista da Gália, se interessava com o que se passava na China? Há nos nossos meios uma obsessão judeo-maníaca: a favor ou contra os judeus? A favor ou contra os Israelitas? Em breve irá aparecer um livro meu, cujo o título não revelo ainda, mas que trata do problema judaico. Escrevo que a comunidade judaica está completamente dividida, esquizófrénica e à beira da explosão. Mas isso não resolverá o nosso problema. Este é um assunto que capta a atenção de todos e é devido a isso que decidi escrever este livro, esperando  efectivamente “pôr os pontos nos i’s”, e, assim, estabelecer para o nosso meio uma doutrina realmente clara e simples sobre a questão judaica e o problema de Israel, sem ódio, sem tabus, sem facciosismo.

 

 

 

Novopress: A fim de clarificar as coisas uma vez mais e para fazer calar os rumores, você tornou-se ou não sionista?

 

 

 

Guillaume Faye: Enfim! Como querem que seja sionista se não sou judeu? Não sou nem sionista, nem anti-sionista: isso não é problema meu! Não se tem de tomar partido. Será que um Africano ou um Israelita vai interrogar-se: “sou por Ségolène Royal ou por Sarkozy?” Não tem sentido nenhum! É necessário esquecer estes problemas! Temos um problema na França, é a imigração. Então certamente, a pergunta que se põe, é saber efectivamente qual o papel dos intelectuais judaicos nesta matéria. Estes, de resto, estão a virar a casaca e a morder os dedos pelo que fizeram. Mas, como o demonstro no meu próximo ensaio, o lobi imigracionista está muito longe de ser dirigido pela intelligentsiajudaica! O papel dos goyim franco-maçons, cristãos, neo-marxistas islamófilos é muito mais importante.

 

 

 

Novopress: Bom, por conseguinte, um Guillaume Faye com um kippa não é para amanhã?

 

 

 

Guillaume Faye: Irei utilizar tanto o kippa como o turbante. Não me posiciono em relação ao campo dos outro. Não sou nem sionista, nem pró-judaico, nem anti-judaico, nem o quer que seja. É uma questão que trato de maneira histórica. É o assunto do livro que vou publicar na inauguração das Editions du Lore que anteriormente mencionei. Sei que as doutrinas que desenvolvo chocam todos os campos, todos os dogmas, todas as certezas. Pouco me importam os golpes que me disferem e a difamação. Verba voa, scripta manent, os escritos permanecem, as palavras voam.

 

 

 

Novopress: Esse livro que será brevemente publicado é dedicado à questão judaica?

 

 

 

Guillaume Faye: Neste livro, do qual um trecho irá aparecer no próximo número do meu buletim de informação SDA, escrevo: “Ora, aqui está o que são os judeus, e aqui está o elesque não são.” Escrevo, antes de mais, que a comunidade judaica já não é o que era nos anos 60 e 70. Ela é agora muito nervosa. É necessário preisar que existem duas comunidades judaicas. Uma, religiosa, que se interessa apenas de si própria. A segunda, composta pelos intelectuais judaicos, é aquela que promoveu a imigração. No seio desta comunidade, muitos (mas nem todos) aperceberam-se que cometeram um enorme erro ao terem feito aquilo. O representante-tipo é Finkelkraut. Eles dizem que apesar de tudo, talvez deveriam ter permanecido na Europa porque, contrariamente ao que se julgou, os Europeus não eram tão anti-semitas como parecia, e, comparativamente, muito menos que o mundo árabe. A prova: os judeus, após a independência do Magrebe, vieram para França. Porque não permaneceram ali? Esquisito, não? A segunda tese que eu defendo no meu livro é que o Estado de Israel está talvez, a médio prazo, condenado devido a razões demográficas. Não encontro aqui nenhuma motivo de regozijo e não vejo no que é que a erradicação de Israel resolveria os nossos problemas perante o assalto do Islão e do Terceiro mundo. A minha terceira tese é, com efeito, uma questão filosófica: porque é que este pequeno povo teve tanta influência sobre o mundo ocidental? Não sou nem anti-judaico, nem pró-judaico, nem anti-árabe, nem pró-árabe, observo apenas a História. E digo que no mundo que está para vir, o qual será dominado em parte pelas potências emergentes e colossais, pela China e pela Índia, a questão judaica perderá progressivamente da sua importância. Abordo igualmente o problema do revisionismo. A própria Simone Veil desejou a abrogação da lei Gayssot considerando que havia sido uma enorme estupidez. Nos EUA, os lóbis judaicos sempre se opuseram a leis desse tipo. Digo que no nosso meio se comete um erro julgando que uma vez levantado o tabu tudo irá mudar. O problema, é que 95% dos Árabes são revisionistas e que apesar disso nada se altera para nós. Os Europeus não são culpabilizados pelo Shoah, são culpabilizados pelo colonialismo, pela acusação de esclavagismo, devido ao etnomasoquismo cistianomorfo e ao igualitarismo geralmente. Os Europeus culpabilizados por uma doença interna. Os judeus têm poucas coisas a ver com essa doença. Por conseguinte, para mim, o revisionismo não é o combate essencial.

 

 

Novopress: Contudo, somos forçados a constatar que , desde à cinco anos, deu-se uma eclosão na Internet de sítios pretensamente “patrióticos” e “anti-imigração” visceralemente sionistes e pró-israelitas. Tem-se realmente a impressão de se assistir a uma operação de sedução pelos meios nacionalistas de certos membros da comunidade judaica. Esta sedução consiste,  nesses sítios, a palvras de encorajamento como: “vamos, pequenos rapazes!”  estabeleçam a primeira linha contra as hordas de imigrantes árabes e anti-semitas!” Istoo remete-nos directamente ao “Príncipe”, em que Maquiavel descreve estratégias similares; “com a eliminação daqueles que sujaram as mãos (e suscitaram alguns rancores) está o trabalho realizado. Como maquiavélico que é, o que pensa disto?

 

 

 

Guillaume Faye: A minha resposta é muito simples: “não preciso de ninguém numa Harley-Davidson!” Mesmo que os nacionalistas judaicos aderissem à nossa causa, não me iria aliar a eles contra os Árabes.” Não é necessário pensar numa aliança com a comunidade judaica. É, isso sim, necessário cinicamente raciocinar como eles. Eles defendem o seu lado, nós defendemos o nosso. Não se pode imaginar nem por um segundo que nos iremos bater por eles. Tal como eles não têm a intenção de se baterem por nós. Nós lutamos por nós próprios! É o problema da terceira via. Está fora de questão aliar-nos aos judeus contra os Árabes, ou de nos aliarmos aos Árabes contra os judeus. Além disso, os judeus não representam na França uma ameaça demográfica. Alguns representam para nós uma ameaça política e cultural, mas trata-se de uma minoria de intelectuais judaicos. E não é por serem judeus que é necessário atacar estes intelectuais que nos odeiam, mas antes como ideólogos decadentistas e ingénuos. Não se pode, sobretudo, cair na armadilha do anti-semitismo anti-dreyfusard. Caso contrário, torna-se-lhes hiper-fácil atacar-nos com as habituais acusações de apoiarmos o “Shoah“. Resumidamente, digo simplesmente: “parem de ser obcecados pelos judeus!” . Não os iremos defender. Eles não virão defender-nos. A melhor posição é de os considerar enquanto um povo como os outros. Simplesmente, considero que seis milhões de muçulmanos presentes na França e em aumento constante parecem colocar um problema etnopolítico mais grave e mais urgente que seiscentos mil judeus. Não se pode estar obcecado pelo passado, mas preparar o futuro e não viver com um retrovisor na cabeça.

 

 

Novopress: Mesmo sem nos focalizarmos sobre o Próximo e Médio Oriente, podemos realmente nos desinteressar pelo que se passa, na medida em que estes acontecimentos são susceptíveis de provocar consequências para a França e para a Europa? Podemos realmente nos desinteressar dos propagandistas que tentam lançar a confusão no espírito das pessoas, particularmente sobre o que se passa nos subúrbios franceses e o que se passa na Palestina, tentando comparar os jovens palestinianos à escumalha dos subúrbios?

 

 

 

Guillaume Faye: Certamente que não! Não se trata de desinteressar-se nem de comparar os amotinados dos subúrbios aos Palestinianos. A revolta dos subúrbios é étnica. Ela é principalmente fundamentada por um complexo de inferioridade e de vingança que é da competência da psicanálise política. A comparação aos Palestinianos é uma farsa. O que eu quero dizer, é que nós teriamos problema nos subúrbios mesmo sem o conflito do Médio Oriente, e que nós teriamos problema com a Jihad e com os muçulmanos mesmo sem a existência do Estado de Israel. Israel não é um factor desencadeante, mas agravante. O que poucas pessoas sabem, e que eu explico meu próximo livro, é  que o sionismo não data de 1947. As primeiras colónias judaicas na Palestina remontam aos anos 80 do século XIX, sobre terras compradas pelo Barão de Rothschild. Por conseguinte, não é necessário desinteressar-se dos problemas do Próximo e Médio Oriente, mas não é necessário focalizar-se somente nisso. Quando, no nosso meio, vejo certos militantes preocuparem-se pela causa palestiniana – “masturbação mental, substituição de ideal-tipo” – ou ter pena dos libaneses bombardeados por Israel, constato que estes não se interessam nos nossos problemas no preciso momento em que estamos em vias de uma islamização maciça. Pora quê se indignar pelos outros? Quando vejo outros solidarizarem-se a fundo com o Israel, faço-me a mesma pergunta. Pora quê pensar que Israel é o escudo do Ocidente? O nosso único escudo, somos nós. Maquiavel dizia que devemos combater apenas pelos nossos e que qualquer aliança não deve nunca exceder certo “grau de intensidade”, que é “o limiar da ingenuidade”. Todo o problema reside em definir-se a si mesmo, em se agarrar à sua própria identidade mais do que à dos outros. It’s a long way…Precisarei todos estes pontos no meu próximo livro. Vão-se divertir bastante…

 

 

Entrevista realizada por Fabrice Bianco para Novopress França  http://fr.novopress.info/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(1) http://fr.novopress.info/?p=5623

 

 

(2) http://elizabethflory.blogs.com/weblog/2005/12/illustres_incon.html

 

(3) Groupement de Recherche et d’Études pour la Civilisation Européenne

 

(4) http://paris.indymedia.org/article_propose.php3?id_article=62077

 

(5) http://www.marianne-en-ligne.fr/forum/categories/virtual/3385/50165/reponses.phtml

 

(6) http://forum.hardware.fr/hardwarefr/Discussions/Le-journal-Marianne-sujet-52019-1.htm

 

 

(7) http://adsav.free.fr/

 

 

(8) http://fr.wikipedia.org/wiki/Joseph_Mac%C3%A9-Scaron

 

 

(9) http://forum.subversiv.com/index.php?id=190644

 

 

(10) http://fr.altermedia.info/general/guillaume-faye-avoue_9376.html

 

 

(11) http://www.voxnr.com/cc/tribune_libre/EEuEVZAkFlvGyogzKI.shtml

 

 

(12) Um relatório da conferência está disponível (em inglês) em http://www.davidduke.com/?p=496

 

 

(13) Gilles Falavigna: Banlieues en feu, prefaciado por Nicolas Tandler, Éditions Dualpha, 2006 (http://www.dualpha.com/)

 

 

 

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